Templos de Cotia. Paz, harmonia e risadas.

19/12/2016 13:28

  Há muito tempo que queríamos visitar o Templo Zu Lai localizado em Cotia, região metropolitana de São Paulo, porém sempre aparecia uma ou outra trip que acabava impossibilitando de irmos ao Templo. Após conhecermos um grupo de “mochileiros” através de uma rede social decidimos agendar para fazer essa visita no dia 18/12/2016.

  Encontramos-nos com o pessoal às 8 Horas da manhã na estação Liberdade do metrô. Horário combinado e todos que se propuseram a participar do role já estavam de prontidão para partir. Nessa estação, ao lado da loja Ikesaki parti um ônibus fretado para o Templo. O valor é de R$15 e dá direito a ida e volta, entretanto, a princípio não demos muita sorte. Ao chegarmos ao ônibus o mesmo já estava lotado. A Carol entrou  para tentar conseguir lugares para todos já que até o presente momento estávamos em 6 pessoas. Os responsáveis começaram um diálogo na língua deles, ninguém sabe se era mandarim, japonês, o fato é que só haviam 2 vagas “mesmo no site contendo informações que quem chegasse a tempo pegaria o ônibus”. Uma das integrantes resolveu ir assim do nada e nos abandonou, que peninha “pra ela”, pois depois descobrimos que ter perdido esse ônibus foi a melhor coisa que poderia nos acontecer.

   Já que não havia lugar para os bravos que não abandonaram o grupo decidimos ir de transporte público. Até esse momento o grupo era Carol, Michelle, Thaís, Márcia e eu. Voltamos para a estação Liberdade e seguimos em direção a Luz. Fizemos baldeação para pegar a linha amarela sentido Butantã e a partir do Butantã pegar o ônibus para Cotia. O bus sai com o nome de Cotia, custa R$5,70 e o trajeto é de 30 minutos até o ponto de desembarque “km 28,5 da Raposo Tavares; Ponto da Gerdau”. Nesse ponto outros dois integrantes já nos aguardavam “Paula e Robson” e para nossa surpresa de carro. Isso mesmo, 7 pessoas dentro de um Palio, esse povo é guerreiro. Para quem vai seguir a pé, é necessário voltar a Raposo e entrar na segunda rua a esquerda e seguir por aproximadamente 1KM. Como nossa salvadora nos fez essa surpresa (a primeira de várias) chegamos rápido e empolgados para conhecer o templo.

Templo Zu Lai: O templo fica em uma antiga fazenda que segundo informações foi doada por um participante dessa filosofia. A corrente praticada do Budismo é o Zen e por conta disso a cor branca predomina o ambiente. Pelo que dá a entender por imagens no local, esse tipo de budismo é muito difundido em Taiwan. Sobre o templo: É um espaço para meditação, então algumas regras precisam ser respeitadas. Algumas salas são de usos exclusivos para os praticantes do Budismo e não há muitas pessoas dispostas a dar informações para um grupo de “intrusos”, e em alguns momentos pessoas até olham de canto de olho, porém esse é o menor dos problemas visto a magnitude do local.

   Antes da escadaria que dá acesso ao pátio principal há um pequeno caminho do lado esquerdo que leva o visitante a um pequeno lago repleto de peixes e tartarugas. Próximo a mesma escadaria há uma série de estátuas pequenas “18  Arhats”. Ao subir as escadas o visitante tem acesso ao pátio principal e logo a frente há outra escada que dá acesso a sala de cerimônias. Quando chegamos já tinha começado então não pudemos participar, porém da porta é permitido acompanhar. A Cerimônia dura aproximadamente 4 horas e é considerada falta de respeito abandoná-la antes do término, então quem for com o intuito de participar já esteja preparado. Na porta mesmo é possível fazer uma pequena oração Budista com incenso e a devida ajuda de um voluntário do Templo que ensina a forma correta de fazer. Nos corredores laterais algumas salas que o público comum não tem acesso, uma pequena loja, no andar de baixo um pequeno museu e uma cafeteria. O Templo se resume a isso. È lindo e relaxante, porém em pouco tempo é possível fazer tudo e isso é um grande empecilho para quem vai com o ônibus fretado já que o mesmo tem previsão de retorno do Templo às 16 horas. Por volta das 11 horas da manhã já tínhamos feito tudo inclusive ficado um bom tempo sentado de papo pro ar e se conhecendo melhor, quando de repente a “Santa Paula” e o “Santo Robson” resolveram nos levar para conhecer Cotia já que são moradores de lá. Todos os 7 de volta para o Palio que a essa altura do campeonato estava pegando fogo após ter ficado estacionado no sol.

   E de fato começaram as grandes surpresas e a gratidão por não ter tido vaga naquele tal ônibus. Na região existem outros templos o qual não são divulgados, ou pelo menos não existe muitas informações e que são tão contemplativos quanto o Zu Lai.

   Arautos do Evangelho de Cotia: Do outro lado da Raposo Tavares há um seminário com uma enorme e linda igreja católica, da ordem dos Arautos que segundo informações foram escolhidos pelo Papa João Paulo II para representarem a fé através da arte. A igreja é de arquitetura gótica policromática e a primeira impressão que o visitante tem é de que está em alguma cidade européia. A construção é imponente e de tirar o fôlego, pelo menos foi assim que todos se sentiram. O portão fica fechado, porém basta tocar a campainha que o segurança recebe o visitante e comunica os seminaristas que tem visitantes e um deles já espera na entrada da igreja para falar um pouco sobre o local. As cores vivas do local alegra o coração, traz alma a construção, o ambiente é alegre e de paz. Impossível não ficar maravilhado com tamanha obra de arte. Não dá para descrever em palavras o sentimento, apenas deixando os olhos contemplar o local para entender o que estou dizendo.

   Na mesma rua, a menos de 5 minutos dos Arautos está localizado outro Templo Budista “Odsan Ling”. O portão também fica fechado e basta tocar o interfone que de imediato uma voluntária abre para que o visitante tenha acesso.

   Templo Odsan Ling: Esse outro Templo é de origem Tibetana. O visitante além da beleza do local recebe o bônus de uma viagem guiada onde o guia explica detalhadamente sobre as “obras de arte”, sala de meditação, rodas de oração “o visitante pode interagir” e todo o complexo que ainda abriga local para hospedagem, refeitório e loja. Nesse Templo é praticado um budismo diferente ao que se prática no Zu Lai e a impressão que dá é de que os praticantes são mais receptíveis. Pude perceber que diferentemente do Zu Lai não é voltado especificamente para o povo oriental, pelo contrário, a maioria dos praticantes não é dessa etnia, pode ser apenas impressão, más o Odsan Ling me deixou com a perspectiva de ser um grupo mais popular. Não necessariamente que seja melhor, é apenas diferente e eu em particular me senti melhor recebido. Vale a pena conhecê-lo e talvez até participar de uma cerimônia, afinal, a experiência deve ser única.

   Para fechar o grande tour, nossos “guias” ainda nos levaram para fazer um pic nic no parque Cemucam. Aliás, o parque é repleto de pessoas com a mesma idéia. Uma grande área gramada com incontáveis família fazendo seus pic nic´s e confraternizações. Claro que rendeu muitas risadas, a Carol desesperada com uma abelinha e por aí vai. Foi a cereja do bolo de um domingo mais que agradável com pessoas maravilhosas e que fazem a vida de outras pessoas mais alegres. O time está crescendo e em breve teremos que comprar um Kombi para transportar essa turma animada... Como diz a Michelle: - Sucessooooooooooo!!!

Tempo de percurso: Partindo da estação Sé  

5 minutos até a Luz. R$3,80.

20 minutos da Luz ao Butantã. Baldeação.

30 minutos do Butantã a Cotia. R$5,70.

+ ou – 40 minutos do KM 28,5 da Raposo Tavares até o Zu Lai. (a pé).

Obs: Segundo nossa guia, a Paula, não há ônibus aos finais de semana que levam da Raposo até o Odsan Ling ou aos Arautos, sendo assim, é necessário carro.

Alimentação: No Templo não é permitido levar nada de fora, ou seja, ou participa do almoço deles que custa R$30 por pessoa e que deve ser deliciosa, pois, os brócolis cheiravam de longe “alimentação vegetariana”, ou come alguma coisa simples na cafeteria. Outra opção é levar algumas coisas e comer no carro, ou se preferir ir para o Cemucam fazer um grande pic nic.

Vestimentas: É um ambiente respeitoso. É permitido bermudas e regatas, porém é bom evitar. Opte por trajes discretos, tente não chamar a atenção. O povo oriental tem por hábito ser discreto e disciplinado, sendo assim nada melhor também que ser discreto e ter disciplina no local  O fato de não termos olhos puxados já chama atenção, então evite roupas coloridas, decote, nada acima do joelho.

Observação: Caso seja convidado a participar de alguma atividade o faça sem receio. Independente da fé que você professa será uma grande oportunidade de ter contato com a cultura Budista além de ser um ato respeitoso.

 

 

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