Aparecida - Fé, devoção e espiritualidade.

04/09/2017 10:29

Depois de 20 anos sem ir até a cidade de Aparecida que você provavelmente conhecerá por Aparecida do Norte, chegou o dia de voltar a essa cidade, agora acompanhado da Márcia, uma pessoa que segue a risca os fundamentos do catolicismo.

A viagem foi por intermédio de uma excursão realizada pelos membros da paróquia dela, sendo assim, a trip seria mais interessante ainda, uma vez que estaria no meio de católicos, sendo que eu sou praticamente de outra “doutrina”. Sem problemas nenhum, já que não tenho o menor problema com isso, e até acho interessante por poder sentir de fato a vibração e energia das pessoas naquele que é um lugar sagrado para os mesmos, e para mim também, por que não?

As passagens custaram R$50 ida e volta por ser excursão, porém, os ônibus que saem do terminal Tietê custam R$50 o trecho. A viagem partindo da capital durá aproximadamente 3 horas via transporte coletivo, por carro é possível reduzir o tempo em minutos significantes já que lá são tantas coisas a serem feitas que um dia considerei pouco.

Saímos de São Bernardo do Campo às 3 da manhã. Chegamos a Aparecida as 06h30min contando uma parada de 20 minutos em Caçapava. Uma vez em Aparecida e por estar em uma excursão com o propósito de comemorar os 25 anos da paróquia Nossa Senhora de Guadalupe, teríamos que assistir a missa e o horário combinado foi às 8 da manhã, uma vez que estávamos em aproximadamente 750 pessoas. Confesso que não tenho muita paciência para assistir a missa, porém vale aquele “sacrifício” no bom sentido da palavra para cumprir os determinados rituais e manter a harmonia, já que Aparecida é um lugar de muita energia positiva.

Missa assistida, a missão cumprida, fui eu cumprir minha missão particular, pagar uma promessa na capela das velas. Promessa paga, pausa para um cafezinho na casa do pão que fica embaixo da igreja nova e tem preços aceitáveis pela localização. Após esse breve café, partimos, Márcia e eu para explorar a cidade como todo bom mochileiro deve fazer.

O Santuário: Esse é o principal destino dos que procuram a cidade de Aparecida. O santuário é um verdadeiro complexo montado para receber os viajantes de fé das mais variadas partes do Brasil. O estacionamento é amplo, a praça de alimentação lembra a de um shopping, porém, em proporções muito maiores para evitar filas e o acumulo de pessoas em determinadas áreas. Lembrando que estamos falando da maior basílica do Brasil e segunda maior do mundo perdendo em tamanho apenas para a basílica de São Pedro no Vaticano, além de Nossa Senhora ser a padroeira do país. São inúmeros banheiros que perdi as contas, em todo canto você encontrará um e que certamente irá dar conta da demanda.

Embaixo da basílica existem outros diversos espaços que precisam ser explorados. “Sala das promessas, devotos mirins e os estúdios da TV Aparecida”. Não deixe de visita-los. Ao lado da basílica em cima, sentido a passarela da fé, quase em frente ao monumento dos 13 sinos fica a “capela das velas”, como o nome sugere, local para acender a vela e fazer sua oração. O lugar fica bem cheio, então é necessário ter paciência e tomar muito cuidado para não colocar fogo em tudo.

Do lado de fora do Santuário existem inúmeros monumentos para apreciação, más confesso que nem perdemos muito tempo já que tínhamos o foco de atravessar a passarela da fé “ponte que leva a parte nova da cidade à parte antiga”. Alguns pagadores de promessa a estavam fazendo de joelhos e isso para mim é muito marcante, mostra e demonstra a fé das pessoas e acho essa relação com o divino independente da religião que segue muito linda, digna de se admirar e levar a diversas reflexões.

O outro lado da ponte: Ao atravessar a ponte você irá se deparar com diversas lojinha de artigos religiosos que trabalham com os mais variados preços, sendo assim, pesquise bem antes de comprar “e se puder deixe para comprar na ferinha”, à qual falarei em breve. É também desse lado que fica a igreja antiga e não tem como não acha-la. Atravessando a ponte haverá um “pequeno túnel”, basta atravessa-lo e irá sair praticamente de frente a ela. Até entramos, porém estava tendo uma missa, a igreja estava lotada e como a intenção era explora-la resolvemos voltar depois, algo que não aconteceu pelo fato de termos voltado por um caminho diferente. Ficará para uma próxima oportunidade, mesmo porque, como relatado em outros relatos aqui postados gostamos de conhecer as igrejas locais.

Estávamos lá em cima de bobeira quando uma “luz divina” nos clareou as ideias e de repente já perguntávamos como fazer para chegar no “Cruzeiro” na caminhada. Já havia pesquisado sobre, e o caminho direto era o tal bondinho, más tinha que ter como chegar lá na “sola da bota”. Algumas pequenas informações e nos pusemos a caminhar. Segunda esquerda, terceira direita, segue sempre reto e as mesmas informações que você obterá em qualquer cidade do interior “é logo ali”. Dessa vez realmente era, 10 minutos partindo da igreja antiga e já nos encontrávamos na entrada do “parque” que dá acesso ao Cruzeiro. É uma subida, curta e leve mesmo considerando o quão íngreme é o caminho. Para aqueles acostumados com a prática de caminhar, tira o caminho com a mão nas costas e dando risada. O caminho todo é marcado pelo sacrifico de Jesus, as XV estações da sua penitência. Falando de forma prática, é o melhor lugar de Aparecida, seja de bondinho, seja de sola, é inevitável que suba a esse ponto. É o local mais alto da cidade e você terá uma visão que poucos que vão a Aparecida podem desfrutar.

Sobre o bondinho: Existem duas estações. Uma ao lado da basílica nova e outra no cruzeiro. O valor é de R$12 o trecho ou o pacote que custa R$28 ida e volta com acesso ao mirante da torre do cruzeiro, esse que sem o pacote custa R$6 para subir de elevador e ter a vista de um local um pouco mais alto. Não subimos por não concordar com R$6 para pegar um elevador e subir coisa de 20M.

Também não voltamos de bondinho já que iriamos explorar o outro lado da cidade, então descemos pelo mesmo caminho subido citado anteriormente, aquele que passa pelas XV estações, saímos do parque, voltamos em direção a Dutra, passamos por baixo da ponte novamente que atravessa a estrada e partimos pelas ruazinhas da cidade até a feirinha. A caminhada da entrada do parque até a ferinha durou aproximadamente 25 minutos com algumas paradas para fotos e chegamos a tal feirinha.

A feirinha: Havíamos a visto de cima e tínhamos nos assustado, pois, ela é gigantesca, más nada se compara a estar no meio dela. O verdadeiro caos, lembra em muito a Ciudad del Este, que muvuca. Têm de tudo, roupas, brinquedos, imagens, o verdadeiro paraíso para quem gosta e o inferno para quem não suporta nem imaginar a 25 de Março na véspera de natal. Más, como tudo tem o contraponto, lá é o local ideal para as compras. Tudo mais barato, inclusive os restaurantes, já que nem todos os viajantes se aventuram por essas bandas. Vá calmo, relaxado e disposto a estar no meio a um formigueiro.

Restaurantes: Existem diversas opções. A praça de alimentação localizada no santuário como citado anteriormente, os restaurantes que saindo do túnel ao término da passarela da fé que também cobram valores justos “R$15 em média”, e os restaurantes mais afastados onde é possível almoçar pagando R$10. Fomos abordados por um sujeito alegando ser o dono do restaurante que nos levou para uma das ruas paralelas. Pagamos R$12 para comer a vontade. Comida simples, com poucas opções, porém muito gostosa, então no fim das contas valeu a pena. Infelizmente não sei o nome, era tão simples que nem cartão tinha, más, vou tentar orienta-los. Na última rua da ferinha para quem vem da passarela da fé “atravessando por baixo”, vire a direita e a primeira esquerda, quase de esquina do lado direito com algumas cadeiras na porta, parece um boteco, más a comida é muito boa mesmo.

Coisas que não fizemos: Museu de cera – R$10

                                        Morro do presépio – Grátis (dentro do santuário)

                                        Imagem gigante de Nossa Senhora (morro ao lado do Cruzeiro; Não achamos a trilha).

                                        Passeios de “trenzinho” (“não sei informar os valores, más saem da entrada de pedestres ao Santuário”).

Dicas: Vá com calma, pois é tudo muito cheio aos finais de semana; Leve calçados confortáveis para poder explorar; As missas da tarde são bem mais vazias, sendo assim vale a pena explorar a cidade e depois assistir a missa; Pesquise bem e não saia comprando nada nas lojas ligadas ao santuário ou atrações turísticas, os preços são muito maiores; Aproveite para renovar a sua fé.

 

Boa Trip!

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